Justiça Eleitoral de Pombal adia pela 2ª vez Audiência com testemunhas de Ação que pede a cassação do prefeito de Paulista

A Justiça Eleitoral de Pombal adiou mais uma vez a primeira audiência para ouvir as testemunhas da ação que pede a cassação dos mandatos do prefeito de Paulista, Severino Pereira Dantas (PTB), e do seu vice, Severino Moura de Lima.

O primeiro adiamento aconteceu no dia 9 de junho deste ano, data marcada para a realização, mas em função da impossibilidade da participação da juíza titular da 31ª Zona Eleitoral, sediada em Pombal, Daniela Falcão, a audiência foi remarcada para o dia 30 de setembro, no Fórum Eleitoral Jário Vieira Feitosa (foto), em Pombal, porém, mais uma vez foi adiada para o dia 14 do próximo mês.

Desta vez, a procrastinação da audiência se deu em virtude de um requerimento dos réus, alegando que o advogado que atua em defesa deles, Johnson Gonçalves Abrantes, estava doente, apresentando, inclusive, atestado médico para comprovação da enfermidade.

A AIJE – Ação de Investigação Judicial Eleitoral – impetrada pelo segundo colocado na eleição de 2008, Carlos Alberto Soares de Oliveira (Carrinho-PR), acusa o prefeito e o vice eleitos, além do ex-prefeito, Sabiniano Fernandes de Medeiros, de compra de votos e abuso de poder econômico, durante o pleito eleitoral de 2008.

Estavam previstos os depoimentos de 12 testemunhas arroladas no processo, sendo 06 por cada interessado. Um dos advogados constituídos por Carrinho para atuar na causa, Eduardo Cabral, acatou o pedido de adiamento, lamentando a enfermidade do advogado, desejando a recuperação imediata do colega e apresentando alguns fatos novos que podem implicar maiores conseqüências para os acusados.

Como exemplo, Eduardo cita que, após uma minuciosa análise sobre a documentação apresentada pela defesa, foram constatadas irregularidades gritantes, a exemplo de 563 doações feitas sem a relação dos beneficiários, além de mais de R$ 200 mil reais de doações sem licitação para respaldar a compra do material doado, por parte do antecessor do prefeito eleito.

O advogado apresentou à juíza a documentação constando as irregularidades e solicitou que a magistrada determinasse uma perícia feita por auditores do TCE, onde afirmou que a juíza ficou de apreciar o pedido.

TEXTO: Leomarque Pereira